Tinha dois sóis estampados nos olhos. Na boca , a noite em traços de lua.
Os lábios entreabertos em movimentos que intencionavam palavras, nebulosas perdidas que expandiam-se avançando no espaço vazio, deixando-se entrever miríades de estrelas reluzentes.
Das mãos descuidadas nasciam nebulosas de gestos ancestrais.
Sorria e o sorriso era a luz.
E a luz tomava conta de toda a sala, de todo o canto, de todo o seu ser.
E a luz era chamada a vida.
E a luz era a própria vida.
Asfixiante, ofuscante, intoxicante.
Vida...
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