quarta-feira, junho 21, 2006

O sonho II

Pela fresta da porta entreaberta, via a luz difusa do abajur que iluminava a sala.
A brisa fria da madrugada invadia o quarto pela janela aberta.
Respirava com cuidado, medo de acordar.
Você não estava lá.
Sobre a cama, a toalha húmida ainda guardava o seu calor.
Abracei seu travesseiro e, como mágica, lá estava ela : a melodia.
Era sempre assim: começava do nada, repetindo-se indefinidamente.
Esperei por uma fração de tempo que me pareceram longas horas, que você cruzasse a porta.
Você não veio.
Súbito, a melodia cessou e uma rajada de vento fechou a porta.
Acordei, com saudade de você.

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