quinta-feira, junho 15, 2006

Julgamento

Escrito em setembro de 2001

Pelas atitudes impensadas
Pelo amor jamais comedido
Pelos meus medos e limites
Pelas minhas idéias intrincadas, talvez estereotipadas
Quem irá dizer que estou errada?
Quem haverá de me condenar?
Foram teus olhos que enxergaram demais, e derepente
Viram o que não existia?
Onde a boca se abria, viram a palavra articulada
Onde o gesto, viram o ato
Onde o talvez, viram certeza
Onde o silêncio, viram o grito?
Vejo-me sem saída e já condenada.
O cadafalso preparado.
Seria mesmo eu a vítima?
Ou talvez o algoz como tantas vezes me acusas?
Não precipites tua língua numa palavra torpe
(podes lamentá-la um dia)
Nem distorças as distâncias,
Nem tão pouco as circunstâncias.
Pois aquilo que te incomoda e inquieta,
Me queima na alma.
E juro...
Não vejo prisão que contenha,
Nem braços que abracem,
Nem olhos que chorem,
Tudo o que já vivi...!

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