Perdoa se te subtraio de mim com tanta veemência.
Perdoa.
Se te arranco da pele, se arranho até que sangre e sumas na
cicatriz do que antes fora a tatuagem de você.
Perdoa se rasgo todas as fotos.
Se te apago de mim.
Perdoa minha mágoa, perdoa minha dor.
Perdoa-me porque sofro.
Perdoa se me torno de súbito indiferente e estranha a ti.
Perdoa se não te busco.
Perdoa se não te encontro mais.
Perdoa...
Perdoa se sento e escrevo. E choro.
Perdoa se me deito com outro e é em ti que eu penso.
Porque demoro tanto a deixar que tua imagem transforme-se naquilo que sempre foi e sempre será: uma sombra apenas.
Perdoa se perco o juízo e ainda te chamo.
É que sou tão pequena e juro, não sei o que fazer.
Como fazer.
É por pouco tempo, juro.
Até que eu mais uma vez me encontre e junte os pedaços.
Até que eu me redescubra sobrevivente.
Até que deixe de amar.
Perdoa...
quinta-feira, julho 21, 2005
Perdoa
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