sexta-feira, abril 15, 2005

...

Pelo vidro do carro o céu de um azul que incomoda , chamando a tristeza de lado.
Janelas abertas, ar quente de um verão que já se foi insinuando-se outono adentro.
Mãos trêmulas, coração pulsando descompassado.
É a vida, pensei.
A me chamar, a me instigar , num torturante desafio: abandonar a concha.
Seria possível que toda a dor, todo o cansaço, toda a mágoa ... simplesmente evaporassem com
as ultimas gotas de orvalho na manhã ensolarada?
Pelo retrovisor, a tristeza que diminuía quanto mais avançava de encontro ao sol.
Cada vez menor, até sumir na linha do horizonte.
Um sorriso inesperado dançando em meus lábios .
Um desejo incontido de ser e fazer feliz.
Por que não hoje?
Agora?
??

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