terça-feira, março 28, 2006

Quase verdade

Mordia os lábios com tanta força que podia sentir o gosto acre do sangue nos cantos da boca, misturando-se à saliva.
Pensou que então era este o gosto, da mágoa, e cerrou os dentes ainda mais, a dor misturando-se à raiva, à frustração.
Tantas vezes tivera a chance de libertar-se.
Mas acabava sempre seduzida pela visão do sonho tornando-se realidade.
Secou a lágrima no canto dos olhos, teimosa, arredia.
No exato instante que seus olhos cruzaram os dele, ela soube.
Sorriu, e seu sorriso era mentira.
Como tudo.
Como ele.
Como a felicidade que não era sua.
Nem nunca seria.
Nunca.

4 comentários:

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