segunda-feira, março 20, 2006

O nó

E por mais que lhe parecesse que sim, sabia que não havia sido um erro.
Erros complexamente - e equivocadamente - qualificados por quem não sabia de nada.
Por isso não eram, nem diziam-lhe nada.
Gastou algum tempo tentando reconhecer formas na fumaça do cigarro, sentada na varanda de tábuas corridas da velha casa de madeira.
Sentia a terra úmida e gelada sob os pés descalços e sabia que pertencia àquele lugar, àquele momento, aos sons e às sensações de sempre.
Nada mais a ser dito.
Nada a ser explicado.
A velha dor, a mesma, tomando conta, invadindo, doendo no peito.
E o choro.
Contido.
O nó.

2 comentários:

  1. Anônimo11:35 AM

    Muito lindo o seu blog! Parabéns!

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  2. Nada mais adequado para esta minha manhã de domingo....

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