sexta-feira, agosto 12, 2005

Quem sabe faz a hora...

Em momentos difíceis, sempre procurei focalizar minhas forças, ainda que fosse o pouco que me restava, na manutenção dos meus sonhos .
Agarrando-me com unha e dentes a uma ínfima possibilidade de ser feliz.
Anos desperdiçados, sonhos despedaçados, amores errados, e eis-me aqui.
A mesma busca.
A mesma incerteza. O mesmo talvez, quem sabe um dia.
Pessoas entrando e saindo da minha vida, sem a menor cerimônia.
Vez em quando um com licença, até logo, passe bem.
Tenho uma incrível capacidade de adaptar-me às mais diversas situações,
Mas descubro-me imensamente frágil quando esta adaptação envolve o descaso alheio.
É neste momento, ao colocar as mãos nos bolsos e pender a cabeça num gesto de entrega total, que me proponho uma trégua.
Sem sabotagens, sem armadilhas, sem joguinhos.
Preciso aprender a conviver com o não-amor, o não-querer.
E ele dói.
Mas preciso muito mais aprender a não entrar no círculo vicioso que se forma, quando não sou amada, e me recuso a amar.
Quando tomamos nossos sentimentos, delicadamente embrulhados em papel de seda ,
amarrados por laços de esperança, e os depositamos com cuidado em outras mãos...
Quando estes sonhos são negligenciados, ignorados, desprezados e destinados à lata do lixo sem qualquer vestígio de culpa ou pesar...
É hora de parar e repensar nossas escolhas.
Neste momento, repensando as minhas,
alcanço a compreensão que me consome...
Esperar não é nem nunca será fazer.

Quem sabe faz a hora...não espera acontecer!

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