Paisagens, lugares, rostos, gestos.
Nada me foi roubado.
Também nada me pertence.
Estranho como nem mesmo a memória nos pertence.
Antes, pertence ao mundo, pois que se não registrada logo perde-se no limbo .
Ative-me aos detalhes pequenos, relevando os supostamente importantes à plano de fundo.
Como num trabalho preciso feito pelas mãos de um artesão, restauro fragmentos das reminiscências que o tempo corroeu.
Quando os últimos retoques vão sendo dados, cores e formas recriam-me as histórias do passado, trazendo-me de volta todas as emoções por mim vividas.
Ressurjo, revolvo-me.
Redescubro-me, renascendo e reinventando-me nelas.
Mais um passo rumo à mim mesma.
Estarei chegando lá?
" Porque a vida, a vida só é possível reinventada."
Cecília Meireles
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