domingo, fevereiro 22, 2004

A volta


E prostrou-se ante sua própria incapacidade e
Chorou todas as lágrimas.
Todas elas.
Sem forças para lutar, entregou-se à fadiga e adormeceu.
Já era noite,
Noite de um outro dia quando acordou.
Nada mudara.
Nem mesmo sua incapacidade desaparecera.
Tudo no mesmo lugar...
Como antes.
As perdas,
Os ganhos,
Os danos.
Fitou as mãos espalmadas no chão,
A pele áspera e calejada.
Não haveria de ter sido tudo em vão...
Não.
Não haveria de ter lutado e sofrido e sobrevivido por nada.
Tomou o caminho de volta sem saber para onde, e para oquê voltar.
Voltar enfim não deveria ser tão doloroso assim.
Não mais que partir.
A partida pelo retorno, o não pelo sim,
O talvez pela certeza.
Que assim seja...


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